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A química por trás do copo de café

  • Foto do escritor: Elza Sarges
    Elza Sarges
  • 27 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de nov. de 2020


“Depois passa aqui em casa para tomar um cafezinho”

Quem nunca escutou essa frase?!


Aqui no Brasil o café é muito importante e não pode faltar em casa, porque na maioria das vezes a visita da tarde é recebida com um cafezinho. Mas você já parou para pensar o que tem no grão de café? Ou você já percebeu como o preparo do café é parecido com a técnica de filtração que fazem nos laboratórios? Pois é, fazer café é um procedimento químico!


O que tem no café?

Quando falamos em café automaticamente lembramos de cafeína, mas a composição do grão de café vai muito além disso. Afinal, aquele cheiro do café quentinho, com seu sabor amargo e sua a cor escura é resultado da combinação de várias substâncias que trabalham em conjunto.


No grão de café temos substâncias como a cafeína com cerca de 0,7 a 1,4%, minerais (3 a 4,2%), proteínas (11 a 13%) e óleos (7,7 a 16%).


Também encontramos os ácidos clorogênicos, que são cerca de 3 a 5 vezes mais do que a quantidade de cafeína por grão, e são esses ácidos os verdadeiros responsáveis pelo amargor do café. Além disso, grande parte do grão é composto por sacarose e atrigonelina, que são os responsáveis pelo aroma.


Filtração no preparo do café


O café coado é bem simples de ser feito e utiliza a técnica de filtração, que é uma metodologia muito utilizada em laboratórios para separar misturas heterogêneas. Na preparação do café, a mistura heterogênea que passa pelo processo de filtração é o pó de café e a água, ou seja, separamos o pó de café (sólido) da água (líquido).


Para realizar a técnica de filtração no laboratório é necessário ter um funil, papel filtro, um erlenmeyer e um béquer, na imagem temos a comparação do sistema montado em laboratório e o sistema para preparar o café.

Com isso, podemos perceber que o suporte para filtro de café faz o papel do funil, o filtro de café corresponde ao papel filtro de laboratório, o fervedor equivale ao béquer e o erlenmeyer corresponde ao recipiente.


Sendo assim, quando adicionamos o pó de café no filtro de papel e em seguida despejamos a água quente, o pó de café fica no papel filtro, mas a água não, ela passa pelo filtro e cai no recipiente. Como parte do café dissolve na água, ela não sai transparente, pois agora é uma solução de café. Então, o processo continua e após alguns minutos temos o nosso tão esperado e desejado café.


Por que ficamos mais acordados com café?

A cafeína é responsável por acelerar a atividade das células nervosas. Porém, naturalmente, as células produzem moléculas de adenosina no cérebro que são responsáveis por fazer o contrário, ou seja, elas desaceleram a atividade das células nervosas, causando a sensação de sonolência e cansaço. Ao beber café, estamos colocando a cafeína no nosso corpo, para diminuir essas sensações geradas pela adenosina. Sendo assim, a cafeína vai se ligar aos receptores da adenosina para “enganar” o cérebro, então perdemos a sensação de cansaço e sonolência.


Quero mais - Filtração


Além do preparo de café, existem outros exemplos de como a filtração está presente em nosso dia a dia.

  • No corpo humano os rins fazem o processo de filtração do sangue. Através dos rins um conjunto de substâncias é filtrado do sangue e depois, apenas algumas dessas substâncias são reabsorvidas pelo sangue, para então, sair do rim.

  • Os ar condicionados e os aspiradores de pó também utilizam a filtração, pois a poeira adere no filtro que está dentro desses equipamentos.

  • Algumas pessoas têm um filtro de água em casa e como o próprio nome diz ele faz a filtração da água, pois dentro do equipamento tem um filtro que retém as substâncias indesejadas. A água que chega em nossas casas já vem tradada, mas o indicado para o consumo é que a água seja filtrada, por isso a necessidade do equipamento.

 

Mapa Mental

 

Referências


HELMENSTINE, Anne M. Filtration Definition and Processes (Chemistry). ThoughtCo, 11 de Feb. de 2020. Disponível em: <thoughtco.com/filtration-definition-4144961> Acesso em: 22 de jul. de 2020.

RAMALHO, M. E. O.; SOARES, N. M. Café E Seus Benefícios. Revista Interface Tecnológica, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 285-292, 2018. DOI: 10.31510/infa.v15i1.356. Disponível em: < https://revista.fatectq.edu.br/index.php/interfacetecnologica/article/view/356> Acesso em: 24 jul. 2020.

BRAIN, Mar. BRYANT, Char. CUNNINGHAM, Matt. How Caffeine Works, 1 abril 2000. HowStuffWorks. Disponível em: <https://science.howstuffworks.com/caffeine.htm> Acesso em: 26 de jul. de 2020.


WHY is Coffee Bitter? – The Chemistry of Coffee, 30 jan. 2014. Compound Interest. Disponível em: <https://www.compoundchem.com/2014/01/30/why-is-coffee-bitter-the-chemistry-of-coffee/> Acesso em: 26 de jul. de 2020.

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