O pai da química moderna - Antoine Lavoisier
- Elza Sarges
- 9 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de nov. de 2020

Antoine Lavoisier foi um cientista brilhante, que está presente até hoje nos livros didáticos e nas aulas de química, porque ao longo do seus 50 anos de vida ele contribuiu muito com a química. Seu estudo mais comentado foi a "lei de conservação de massa" publicada em seu livro.
Sua colaboração foi tão importante que mudou o cenário da química no século XVIII. Além disso, a maioria de seus estudos são ensinados até hoje, por isso muitos dizem que ele foi o pai da química moderna.
Início de vida

Em 1743 nascia Antoine Lavoisier, na capital da França, Paris. Sua família era da classe média alta, isso o proporcionou acesso as enciclopédias mais requisitadas da Europa no período do iluminismo francês.
Durante seus 50 anos de vida, além de se dedicar a química moderna, Lavoisier teve vários cargos administrativos e contribuiu bastante com a tecnologia que estava sendo desenvolvida na época, como por exemplo, a iluminação das ruas da cidade e até abastecimento de água em Paris.
Casamento
Quando Antoine Lavoisier tinha 29 anos ele se casou com Anne Marie que na época tinha 13 anos. Anne só aceitou se casar com Lavoisier, porque o seu pai queria que ela se cassasse com um aristocrata de 50 anos, que de acordo com ela era um ogro, então para não viver com o aristocrata, ela e Lavoisier se casaram. Apesar de tudo, a união teve bons frutos.
Anne Marie aprendeu inglês, com isso ela se tornou parceira do marido na ciência. Os artigos publicados em inglês eram lidos por ela e traduzidos para que o Antoine entendesse. Anne também fez anotações e contribuiu em discussões sobre química teórica. Sem ela, Lavoisier teria tido muitas dificuldades para fazer seus experimentos e manter o cargo administrativo.
Oxigênio

Com seus experimentos Lavoisier descobriu que quando um metal se transforma em ferrugem, acontecia o contrário do que se pensava na época, ao invés de perder peso o metal ganhava peso. Como ele sempre usou a balança em suas experiencias, nesse caso ele notou que o peso do sistema final não tinha se alterado, apenas o do metal.
O sistema que ele montou para realizar o experimento era fechado, nada teria entrado ou saído do sistema, se o metal enferrujado ganhou uma quantidade de peso, então mais alguma coisa teria perdido a mesma quantidade de peso, só poderia ser o ar.
Foi nesse momento que Priestley colaborou com seus estudos, ele foi para Paris e apresentou a sua descoberta, o novo gás elementar. Depois de alguns estudos, Lavoisier percebeu que esse gás estava no ar e o chamou de “oxigênio”. Porém, quando Lavoisier fez a publicação do artigo sobre o oxigênio ele não mencionou o Priestley, dando a entender que ele teria descoberto o gás.
Publicação do livro

Antoine Lavoisier pode não ter descoberto um novo elemento, mas contribuiu muito com a química moderna ao publicar o seu livro “Tratado Elementar de Química”. O livro apresenta nomenclaturas, raciocínios desenvolvidos para evitar erros, resultados extraídos de diferentes obras e cita cerca de 30 elementos. Na obra também está a lei da conservação de massa que resultou na famosa frase:
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”
Fim de vida
Dia 8 de maio de 1794, Antoine foi guilhotinado por ter sido um rendeiro geral. Os rendeiros eram bem impopulares e por conta de uma denúncia foram condenados a guilhotina. Após a sua morte, o Joseph-Louis de Lagrange, um matemático muito importante, disse:
“Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo."
Referências
OpenMind. Antoine Lavoisier and the Origin of Modern Chemistry. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=55yJPs-_R1w> Acesso em: 06 de agosto de 2020
STRATHERN, Paul. O sonho de Mendeleiev. Zahar, 2002.
Comments