A química do amor
- Elza Sarges
- 3 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de nov. de 2020
Sabe quando você está apaixonado que você sente borboletas no estomago, o coração bate mais rápido, seus olhos brilham quando você vê o crush, você nunca cansa de pensar na pessoa amada, porque ela é tão incrível... aii que delícia que é o amor!
Mas junto com isso também vem a ansiedade, o nervosismo, o medo de dizer algo errado – “ai meu deus será que eu mando mensagem?!”
Enfim, todas essas sensações que os apaixonados sentem podem ser explicadas pela ciência, pois é! De acordo com a cientista Dr. Helen Fisher o amor está dividido em 3 fases e algumas moléculas que estão no nosso cérebro são responsáveis por essas sensações.
Primeira fase – Desejo
A princípio a busca do parceiro é movida pelo seu desejo sexual, porque os hormônios mais ativos nesse período são a testosterona e o estrogênio. Esses dois hormônios são responsáveis por aumentar a sua libido, a testosterona é um afrodisíaco potente e o estrogênio é liberado na fase de ovulação da mulher, isso faz com que o apetite sexual dela aumente.
Segunda fase – Atração
A faze do desejo pode ser bem prazerosa, mas a fase da atração pode ser ainda melhor, porque vocês estão apaixonados, ficam mais próximos e sentem que estão nas nuvens. Mas por outro lado você pode se sentir mais ansioso, obsessivo, pode dormir menos e até perder o apetite!
Os hormônios que atuam nessa faze são:
Feniletilamina: produzida depois de coisas simples, como aquele olhar apaixonante do crush, ela também pode ser encontrada no chocolate (inclusive é por causa dela que o chocolate é tão vicioso). Além disso, a feniletilamina está presente no momento de transição da fase do desejo para a atração e causa a sensação de bem estar, mas cuidado, porque ela também pode ser viciante.
Norepinefrina: quando o seu coração bate mais forte, as suas mãos começam a suar, o sono não vem de noite e te falta o apetite, saiba que a responsável por isso é a norepinefrina, que também passa a ser produzida na fase da atração.
Dopamina: Esse neurotransmissor causa a sensação de felicidade e está relacionado apenas ao parceiro especial, aquele que você se apaixonou, pois só com ele que seu cérebro produz a dopamina que te deixa feliz.
Serotonina: Ela regula o apetite e o humor, mas quando os níveis de serotonina estão baixos você pode se sentir mais dependente do parceiro e sem apetite. Na segunda fase, esse hormônio é reduzido por conta da atração pela pessoa amada.
Terceira fase – Apego
Nessa terceira fase você sente que essa é a pessoa, vocês já tiveram aquele churrasco em família, tiveram inúmeros encontros, momentos românticos, você se sente tranquila e segura, tudo de bom. Então, a ocitocina e a endorfina fazem vocês se sentirem ainda mais conectados.
Ocitocina: mais conhecida como “hormônio do abraço”, a ocitocina é liberada quando você abraça ou toca seu parceiro de uma forma mais carinhosa. Além disso, nas mulheres, esse hormônio também é liberado no trabalho de parto e na amamentação.
Endorfina: ao contrário da segunda fase, aqui você se sente mais calmo, reduz o estresse e a ansiedade, tudo isso porque você passa a produzir endorfina. Ela está associada a sensação de apego e conforto.
Amor viciante
Da mesma forma que o amor pode ser incrivelmente maravilhoso a química que envolve ele também traz perigos, coisas boas em altas quantidades podem ser ruins.
Estudos mostram que a fase da atração atua no cérebro de uma forma similar a cocaína, isso porque em ambas as situações o cérebro libera a dopamina, que em grandes quantidades pode se tornar viciante. Então, podemos dizer que uma pessoa emocionalmente dependente do seu parceiro pode estar viciada nele da mesma forma que uma pessoa vicia em cocaína.
E sabe quando você beija alguém e se arrepende no dia seguinte, porque essa pessoa não faz o seu tipo, mas naquele momento você teve uma vontade enorme de ficar com ela?! Isso também podem ser consequência dos hormônios em excesso. Quando estamos na fase do desejo os hormônios produzidos podem interferir negativamente nas partes do cérebro responsáveis pelo nosso pensamento crítico e comportamento racional.
Mapa Mental

Referências
HELMENSTINE, Anne. Chemicals That Make You Feel Love. ThoughtCo. 11 de Fev. de 2020. Disponível em: <thoughtco.com/the-chemistry-of-love-609354> Acesso em: 2 de Ago. de 2020.
WU, Katherine. Love, Actually: The science behind lust, attraction, and companionship. Science in the News. 14 de Fev. de 2017. Disponível em: <http://sitn.hms.harvard.edu/flash/2017/love-actually-science-behind-lust-attraction-companionship/ > Acesso em: 2 de Ago. de 2020.
STEPHANO, G. B. A Química do amor. Medicine, v. 29, p. 741-745, 1999
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